Costuma-se
interpretar tecnologia relacionando-a a máquinas, ao avanço do modo de
produção, sustentando sua existência como uma forma de satisfação do usuário. A
questão é que diversos autores pensam a tecnologia separada dos processos
sociais, da sociedade, vendo nela uma significação em si mesma. Munford
contesta a visão de que a máquina é sempre benéfica à humanidade. Na
realidade, a tecnologia constitui-se num produto do pensamento e da
criatividade que deveria ser colocado a serviço do homem, principalmente para
esclarecer os conflitos sociais que se sedimentam neste século.
A criação de novas tecnologias gera um novo jogo de saberes e relações produzindo condições políticas, sociais e econômicas diferentes das existentes. Nem por isso há uma separação entre o mundo tecnológico e o "mundo real" afinal há uma relação dialética entre esses que se constroem e alteram constantemente.
Existem
diversas teorias a cerca da tecnologia, mas não há uma ruptura entre elas. O
cerne da questão, exposto em no texto, está na explanação sobre quais são as
implicações da tecnologia em todos os aspectos da vida social. Tapajós afirma que estas podem ser consideradas
produto ou prática social; e para tal ela faz uma análise das tecnologias
enquanto produto e prática social.
Hoje
diversas teorias se baseiam na teoria de Umberto Eco quanto a analise da
cultura de massas. Duas visões são apresentadas: a dos otimistas e a dos
positivos. Os primeiros interpretam que a virtualização afeta a sociedade como
um todo e a passagem pelo “surto tecnológico” levará a uma nova humanidade.
Pensa-se na desterritorialização, ou seja, o abandono do aqui e do agora nessa
virtualidade onde coexistem mentiras e verdades e que gera novas relações sociais,
novos códigos e estruturas próprias.
Já
os positivos veem tal avanço tecnológico como algo nefasto à sociedade pois
cria perversos efeitos morais, políticos e culturais consequências das crises
de referências, afinal as informações são mediatizadas e a urgência com que são repassadas acaba por gerar mais desinformação, ao passo que são superficiais. As instituições sociais
não teriam força para controlar o fluxo de informações gerando “maior
devastação teórica e moral da historia humana”.
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