Como ja foi dito anteriormente no blog, as tecnologias de informação devem ser pensadas de maneira crítica. Apesar de todos os avanços positivos referentes ao surgimento e aprimoramento das tecnologias, temos problemas relacionados não somente à sua função de rentabilidade e aumento da produtividade,que gera desemprego, por exemplo, mas problemas relacionados à atuação profissional especificamente.
Nesse caso, temos o Serviço Social, que está inserido na sociedade e portanto reflete as condições e contradições da mesma. Atualmente, o trabalho do assistente social requer a utilização de sistemas, programas e softwares para gestão das informações referentes às suas específicas áreas de atuação.
Ao mesmo tempo, alguns desses sistemas podem ser mal utilizados e acabar substituindo o trabalho do assistente social, dando respostas automatizadas à problemas humanos e com isso, precarizando ainda mais o acesso aos direitos dos usuários. Uma coisa é termos críterios para inserção em benefícios, outra bem diferente é substituir o saber humano por números e configurações.
O conservadorismo que ainda se mostra presente na prática de alguns profissionais pode se agravar com o uso dessas tecnologias. Somos profissionais que lidamos com seres humanos, em suas fragilidades e suas especificidades, portanto, a partir do momento que temos uma máquina que decidirá e nos insentará da humanidade da profissão, esta não precisará mais existir.
As tecnologias são um instrumento para a nossa ação profissional, mas assim como na vida pessoal, devemos pensar, e nesse caso, ainda mais profunda e criticamente, a quem ela serve? pra que ela foi criada? E para mudarmos essa situação, é necessarios uma mudança na atitude e na cultura profissional, mostrando a importancia desse debate. Somente assim elas serão algo positivo para a nós enquanto profissionais, para nossos usuários e para a sociedade.